quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Partidas da nossa Mente



Hoje deixo-vos uma frase da qual já não me lembrava e que registei aquando do meu curso sobre Saúde Mental:

"O pânico é um súbito abandono de nós próprios e a submissão ao nosso inimigo que é a nossa imaginação".

A pergunta impõe-se: porque estarei eu a falar neste assunto agora?

Poderia dar mil e uma razões para isso. No entanto, vou apenas referir que em muitos momentos da nossa vida nos deixamos apenas levar por partidas construídas na nossa mente e que não existem realmente.
Deixamos que a nossa vida seja comandada como se fossemos marionetas puxadas por cordelinhos que não existem realmente.

Se conseguirmos pensar nisto, de uma forma dura e crua...eu direi apenas RACIONAL, poderemos acabar com muitos dos nossos fantasmas...muitas das situações que podem não nos deixar viver o que deveríamos. E lembrem-se, pelo menos enquanto sei (ainda ninguém veio desmentir...) só vivemos uma vez.

Vale a pena pensar nisto ;)


(Não...não estou a passar por momento delicado nenhum :)...apenas aquela frase me inspirou a escrever algo sobre o assunto. Pode ser que eventualmente possa ajudar alguém a ver mais além.)


Sejam felizes!!! :D

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Mosteiro de Tibães - Parte 1


Há locais que nos inspiram… que nos tocam a alma e nos fazem sentir tudo que existe de mais puro dentro de nós….
Podem até nem ser rebuscados ou demasiado ofuscantes, não precisam de o ser; contudo, tocam-nos e conseguem marcar-nos profundamente.

Um desses locais, foi sem margem de dúvidas o Mosteiro de Tibães, perto de Braga.
Descreve-lo torna-se algo complicado, visto a miríade de sensações que ele me provocou.

Desde logo a chegada ao grande largo em frente da majestosa igreja, com enormes pedras a formar o piso irregular… a entrada numa época que já não é a minha e que “espicaça” a curiosidade e a imaginação.

A entrada nos claustros (cujo nome tinha algo a ver com cemitério… cemitério? Mas pq?) arrancou-me, a mim e a quem ia comigo, uns quantos “Ah’s” de admiração. Já vi claustros muito mais elaborados e ricos, esteticamente este seria bem mais simples, todavia, conseguiu tocar-me mais que muitos. Só uns minutos a seguir á nossa entrada lá, e pelo recurso ao áudio-guia que nos foi entregue na recepção, é que percebi o nome do claustro, e olhando para o chão nos demos conta de estar a caminhar em cima de dezenas de túmulos que ocupavam todo o claustro.

De seguida, a Igreja. Impressionante… com toda aquela talha dourada; portas que são enormes quadros; o chão cheio de túmulos, desta vez em madeira (material que predomina no Mosteiro, principalmente nos tectos). Quando lá entrámos, foi como se fôssemos participar numa eucaristia dos monges residentes, pois a música (ao estilo de canto gregoriano) ecoava por toda a nave, vinda directamente do coro alto, ao lado do enorme órgão que se via no patamar de cima.

Uma das boas sensações ao visitar este local é a liberdade em explorá-lo ao nosso ritmo e á nossa vontade….Sem ninguém no encalço.

Lá subimos nós ao coro alto, e mais uma vez se nos soltaram “Ah’s” de puro deleite ao visualizar todo aquele espaço onde outrora monges se reuniam para cantar e rezar.
Aliás como se pode ver nas fotografias, ao centro ainda se encontra um dos impressionantes livros de cânticos, devidamente manuscrito em pele de animal.
(Eu quero um daqueles na minha biblioteca *.* eheheh)

Os bancos onde se sentavam tinham uma peculiaridade curiosa: ornamentados cada um com uma figura animalesca, tinham por cima desta um pequeno apoio que servia para que em orações mais longas e que fosse necessário estar em pé, os monges apoiassem discretamente lá o “rabiosque”, e assim não se cansariam tanto.

E ainda vamos no início da visita….Curiosos?

Vão ter de esperar pelo próximo post :D

Disfrutem :D