terça-feira, 31 de março de 2015

Um concerto especial



Hoje apetece-me partilhar com vocês algo que foi bastante importante para mim.

E aquilo que parece ser apenas uma simples recordação de um concerto pode, para alguém em particular, ter um significado especial.

O concerto que vos falo aconteceu no dia 30 de Novembro do ano passado,e para mim foi o primeiro concerto a que assisti, dos géneros musicais que mais me definem - metal gótico/melódico e power metal.

Porque foi especial? A razão está implícita também no anel que coloquei na primeira fotografia junto do bilhete do concerto. Esse anel (que esteve comigo no concerto) simboliza a minha descoberta do metal, e a consequente mudança de visual, mudança de pensamento...ou seja, renovação pessoal :)

Digamos que é especial porque a partir da "apresentação" que me foi feita do género "metal" no geral (até àquela data não sabia da sua existência - tadita eheh), fui descobrindo o meu "eu" mais concreto e mais fidedigno.

Até ali, em termos musicais gostava de tudo, ouvia de tudo, mas nada mexia mesmo comigo. Quando ouvi Nightwish (foi o primeiro grupo que me foi apresentado e aquele que mais me marcou) pela primeira vez, a minha boca abriu-se de espanto e simplesmente deliciei-me com o que ouvia.

A partir daí, as mudanças foram ocorrendo e "voilá" um novo "eu" surgiu. Claro que mais situações contribuíram para essa mudança, mas sem dúvida que esta "descoberta" foi crucial no processo.

E daí este primeiro concerto do género ter sido tão especial. Se calhar não só pelas razões apresentadas, mas maioritariamente por elas :)

Bandas em palco: Dagoba, Dragonforce e Epica.

Descrição: Impressionante, Inestimável, Incrível, Fantástico e muitas outras palavras positivas de quem ficou rendida a tudo!!!

Fica aqui a minha tentativa de fotografar este concerto, e a certeza de que o vivi com a alma e o espírito em júbilo :)

(A última fotografia logicamente não é da minha autoria :) )

Disfrutem!!!


sexta-feira, 20 de março de 2015

Momentos Terrestres


Bem e hoje, para que fique registado, mesmo sem equipamento adequado, fica o meu registo do Eclipse Parcial do Sol, registo às 9h:45m.

As outras duas fotos, são de momentos em que olhamos e ficamos com a atenção presa, tal como o anterior...

Ficamos ali, a olhar, algo aéreos, simplesmente a contemplar momentos que este planeta nos vai proporcionando e que só temos que saber receber e apreciar ;)

Bom fim-de-semana





quarta-feira, 18 de março de 2015

Uma Fronteira Abandonada


As fotografias que hoje partilho convosco, podem não ter a beleza que se espera, e para a maior parte de vocês não terão qualquer significado. Contudo, asseguro-vos que estas imagens (não como estão agora) estão gravadas com uma ternura, um carinho e uma saudade em mim, as quais não consigo traduzir em palavras...

Vou retratar em imagens, de forma breve, uma das mais conhecidas fronteiras de Trás-os-Montes, do tempo em que ainda havia fronteiras, a fronteira de Quintanilha…

Eu não farei justiça ao que ali se viveu, mais faria a minha mãe que sendo filha de um guarda e estando ele no posto fronteiriço, ali viveu muitos anos... Eu apenas me recordo de ir visitar lá pessoas amigas e de naquele espaço muito brincar com a minha irmã e uma grande amiga nossa.

Quem vê hoje o rio Maças passar debaixo da ponte fronteiriça, quase sem água, sem vida, ao abandono...Não faz uma pequena ideia do lugar repleto de gente que fazia daquele local uma praia fluvial (já que não podemos ter outro tipo), polvilhada de vida, mas sem areia, onde as pedras polidas do rio se sentiam nos pés com aspereza.

Era ver ao fim-de-semana toda a gente das redondezas, como que em peregrinação ir passar o dia com os seus fartos farnéis, perto da fronteira, ou melhor, no lugar onde o rio Maças serve de fronteira entre os dois países: Portugal e Espanha.

Se não fosse para passar o dia, e indo eu ver os meus avós à minha aldeia que fica ali ao lado, ouvia muitas vezes o meu saudoso avô convidar-nos a tomar um café ao outro lado da fronteira, a um dos “bares espanhóis”, assim os apelidávamos.
São muitas as histórias deste lugar, são imensas as saudades de o viver como dantes o fazíamos…

A evolução às vezes leva o abandono a lugares como este… A construção da A4 até à fronteira com Espanha, desviou o trânsito da estrada nacional e por um processo natural das coisas, os lugares foram ficando desertos, as casas abandonadas, os cafés e bares encontraram a falência ou foram alterados para algo que lhes permita sobreviver… e este lugar de tanta vida passou a uma morte anunciada…

Dói para quem tem as memórias dele, de certeza mais doloroso se tornará para quem como a minha mãe, viveu anos e anos ali… mas nunca da minha memória se apagará o lugar incrível que era, a vida que tinha e o feliz que nos fez.

Obrigada vida por ter feito parte dele!!!


Vindo do lado de Espanha e a 1km de chegar à ponte fronteiriça, encontramos a última aldeia espanhola "San Martin del Pedroso", por aqui passa a "Rota da Prata" um dos caminhos para Santiago de Compostela.
Lá ao longe consegue ver-se a ponte da A4 que faz a ligação a Espanha.


Aqui os dois bares espanhóis onde muita "lambarice" enquanto criança comi e alguns cafés quando maiorzinha. Tinham cada um, um pequeno supermercado que nos fazia as delícias no que diz respeito a coisas diferentes das que havia do lado de cá da fronteira.
A fonte que se vê numa das fotografias fica em frente do saudoso "Bar Frontera", ou como dizíamos "o Bar do Evaristo"... lembro-me do sabor férreo daquela água.


Posto fronteiriço Espanhol e vista da ponte para Portugal.


Chegada ao lado português.
As "ruínas" que se vêem numa das fotos fazem parte de um pré-fabricado que ali havia, eram as instalações de uma entidade bancária.


Pena que não tirei fotos como devia desta parte, pois aqui é o complexo de casas onde moraram muitas famílias e muitas histórias de vida se passaram. Lembro-me de brincar perto daquela cabine da Luz algumas vezes.


Deste lado da fronteira existia também o "bar português". Neste espaço que vêem era quase impossível o trânsito devido à quantidade de camionistas a "abastecer-se" e a descansar antes de continuar viagem.
Lembro-me da primeira vez que fui a Paris, na viagem de regresso, chegamos mais cedo do que o previsto e de ter ficado neste lugar aí às 4horas da manhã, completamente sozinhos (aquele vale silencioso àquela hora metia respeito). Completamente abandonado agora...

E por hoje me despeço de vocês, fica aqui mais um pedaço de mim...

Bom resto de semana e bom dia amanhã aos Pais deste país ;)