sábado, 29 de março de 2014

Turismo em casa


O meu dia ontem iniciou às 7 horas da manhã, e fui, pouco mais dessa hora, tomar o pequeno almoço à pastelaria habitual na companhia da minha mãe. Gostamos muito de fazer isto de vez em quando, faz-nos sair da rotina, dando um fôlego diferente ao dia que se vai passar.

Depois disto, ela foi trabalhar e eu decidi ir dar mais uma visita com olhos de turista à minha cidade. E é impressionante como de cada vez que passeio com este espírito presente (aberto ao que me rodeia), descubro sempre coisas novas, nas quais nunca tinha reparado. Um claustro que nunca tinha visitado; um painel em homenagem ao casamento entre D. Pedro e D. Inês de Castro, que diz a lenda foi na Igreja de S. Vicente em Bragança; pormenores aqui e ali que sendo pequenos chamam a atenção por pitorescos, nem que seja um gato ainda dorminhoco numa casa muito velha ;D

Mesmo com o dia muito nublado, o ar frio de Inverno (apesar de ser Primavera); mesmo assim o dia permanece calmo e convidativo.

Das 8h:30 às 9h:30, a cidade parece ser só minha. Não havia quase gente nas ruas e o silêncio preponderava numa cidade que parecia ainda adormecida, apesar de não o estar efectivamente.

O emaranhado de ruazinhas estreitas da parte antiga; a Rua das Escadinhas, a Rua dos Gatos (e podem crer que quem lá passa encontra mesmo muitos gatos), como exemplos, fazem as delícias de quem tem a sensibilidade de perceber o seu encanto. (A propósito, encontrei um fotógrafo profissional, a fazer precisamente o mesmo exercício que eu.)

É nestes pequenos "nadas" que são tanto, que uma alma como a minha encontra alento e consegue ver os dias com outra cor. Pois antes do passeio estava "meio cinza" eu, tal como o dia que se fez sentir.

Disfrutem e tenham um bom fim-de-semana!!!


terça-feira, 25 de março de 2014

Dia Chuvoso


Hoje, sem dúvida está um dia horrível.

Está frio (não ultrapassamos os 10ºC e batemos quase nos 0ºC);muita chuva. Um verdadeiro dia invernoso com que a Primavera nos quis "presentear".

Depois de algumas tarefas necessárias e rotineiras da vida, que só nos fazem "despejar os bolsos", uma coisa boa no meio de tudo: um café, papel e caneta, junto a uma lareira quentinha para nos aquecer o dia, num dos meus locais preferidos :D

É bom ver o sol, mesmo quando ele não brilha!!!

Bom resto de semana!!


domingo, 23 de março de 2014

Sta. Catarina


Passar uma tarde inteira na rua de Sta. Catarina no Porto, pode tornar-se uma experiência de revigorização do espírito.

Naquela tarde de 15/03/14 comecei com um concerto dos “Cornalusa”, um quarteto de Coimbra composto por guitarra, percussão e duas gaitas de foles, com um som muito ritmado que não deixou ninguém indiferente.

Além de um batalhão de gente, que quase parecia a circunvalação á hora de ponta; juntou-se um protesto (mais um, é verdade…) contra o nosso “amado governo” (por favor não me atirem abóboras eheh). Tratava-se do protesto d’ Os Verdes contra a construção da Barragem do Tua.

De entre a miríade de outros acontecimentos menores, e já ao fim da tarde, quando olho e vejo um grupo de escoteiros a anunciar com um cartaz, que se davam Abraços Grátis (sim…estão a ler bem), um sorriso de orelha a orelha se me colocou no rosto e me deu a certeza que tinha passado uma tarde muito prazerosa :) venham mais!!!!



segunda-feira, 3 de março de 2014

Mosteiro de Tibães - Parte 2


Bem, eu sei que vos fiz esperar muito por este post, mas ele chegou. Sendo assim e sem mais demoras, vamos continuar a viagem pelo Mosteiro de Tibães!

(Vendo a parte onde fiquei... humm o órgão..certo)

... E lá bem elevado, no sítio do coro alto, encontrava-se o enorme órgão… o instrumento incrível que servia de banda sonora a todos os actos religiosos lá realizados. Não me recordo de ter visto um teclado tão velhinho como aquele, apeteceu-me quebrar as regras e passando pela barreira de protecção ir tocar-lhe, sentindo toda a história que ele terá para transmitir. Devo confessar que nada disso fiz, o que não quer dizer que não tenha feito algo mais eheheh (não minha gente... nada de transgredir regras :) humm...)

Sempre fez parte do meu imaginário uma casa que tivesse uma escada em caracol. Numa das divisões, havia uma em madeira, linda, muito estreita, diria até difícil de subir, que vai ter a um sótão.
Percorrer este mosteiro dá ideia de percorrer um labirinto de corredores enormes, cheios de portas e sempre com tectos trabalhados em madeira.
Mais ou menos a meio encontra-se o passadiço, uma ligação (uma espécie de ponte que une o edifício ao meio) entre a zona residencial/hospedaria e a zona de trabalho dos empregados (como dá para ver nas fotografias, um dos quartos da hospedaria foi deixado exactamente como era, portanto completamente degradado, mas com a perspectiva real de como eram na altura).
Este não era só um local de passagem, tem também bancos de pedra ornamentados por pequenos jardins de flores, e ao meio encontra-se uma fonte com um mecanismo de activação por um pedal de pedra imperceptível para quem for mais distraído. Foi delicioso descobrir esse mecanismo e fazê-lo funcionar.

Estivemos no local onde estava instalado antigamente o boticário e a barbearia; os monges usavam ervas dos campos em redor para curar todo o tipo de maleitas.
Uma das zonas mais curiosas eram as casas de banho. Pequenas divisões com portas em madeira onde se encontrava a “sanita”, ou melhor, um local em madeira com o respectivo orifício onde alguém se sentaria para “aliviar” as suas necessidades biológicas. Mais curioso, é que essas “necessidades” caíam directamente na natureza (por baixo existe um enorme espaço em terra, numa fotografia que se vê um sujo chão de madeira e uma garrafa de água que alguém quis atirar para baixo), onde estas se decompunham e serviam para fertilizar as terras de cultivo em redor do mosteiro (aqui para nós... eu imagino a cara de quem lá ía recolher o fertilizante eheh).
Humm... e mais uma paragem na minha descrição, a próxima será o finalizar desta viagem; e desta vez a espera não será tão longa... espero ;)

Disfrutem!!!